Será que eu sou uma farsa?

auto confiança Oct 28, 2017

 Você já sentiu que é uma farsa? 

 "Não sou essa profissional excelente que acham que eu sou."

"Não tenho nem metade dessa inteligência toda que eles acham que eu tenho."

"Não sou essa mãe amorosa que pensam que eu sou."

"Não sou bacana como pensam."

"Eles não sabem, mas às vezes sinto muita raiva, ódio, tenho desejos de vingança, inveja e julgo."

"Se eles soubessem como sou insegura..."

 

Quem nunca pensou nada que seguisse nessa linha, que atire a primeira pedra. Nenhuma pedra atirada, continuemos a refletir juntas.

 

Eu já senti isso com muita força. Eu aprendi que existe um nome para isso, e é Síndrome do Impostor. Eu aprendi, também, que essa síndrome pode ser comum dentre mulheres bem sucedidas, sobretudo em posições ocupadas por homens. E que é comum dentre estudantes de pós: mestrado e doutorado.

 

Quando eu fazia Mestrado eu tinha uma sensação permanente de que eu não era o suficiente, não era boa o bastante. Sentia que era menos inteligente, menos capaz que os meus colegas, eu não era genial como eles! Não conseguia ler tantos livros em um período de tempo tão curto quanto eles! Tinha alguma prova concreta de que isso era verdade? Não. Era apenas uma crença interiorizada. Não importava que falasse em congresso, que a dissertação fosse elogiada e as notas excelentes: a sensação estava lá. 

 

Num determinado momento comecei a mudar meu ponto de vista: comecei a me questionar sobre certas coisas que não vem ao caso falar sobre agora (sei que isso geraria muita polêmica, e este texto não tem o objetivo de falar sobre esses questionamentos e ponto de vista em si. E não falar sobre não prejudica em nada nossa conversa aqui). Comecei, a me perguntar no que isso me ajudava e, sobretudo, no que isso ajudava aos outros. Resposta: em nada.

 

Eu as vezes sinto isso ainda, mas é muito raro. O que noto de diferente? Não me comparo mais. Sempre que a gente se comparar com com o outro através da visão do ego, a gente vai se dar mal, porque sempre terá alguém mais bonita, mais inteligente, mais bem sucedida, mais, mais, mais. Ao mesmo tempo, se olharmos pensando que sempre os outros são menos do que a gente, de fato sempre terá pessoas que são menos bonitas, divertidas ou legais do que nós. O que eu penso é que essas formas de olhar, são exatamente os extremos onde o ego vive. O segredo? Viver no meio. Que olhemos para os outros para vermos o quanto somos abençoadas e devemos usar nossos dons pelo bem de todos por um lado e, por outro lado, para vermos que existem pessoas que têm ou são o que desejamos, e que estas nos sirvam de inspiração e de motivação para chegar lá.

 

Sobre essa questão de olhar para o outro como inspiração, já ouvi pessoas falando que o mundo da internet mais prejudica do que ajuda. Que elas seguem as "influencers" de moda, beleza, nutrição, etc, se comparam e ficam com a auto estima lá em baixo.  

 

O que eu penso sobre isso?

 

Eu penso que esse é mais um dos presentes dessa nova era. Lembra que tudo está aqui para nosso uso, tudo é ferramenta. Quando ao observar outra pessoa você se sente mal porque sua barriga não é tanquinho, porque você não consegue meditar, porque sua pele tem espinhas, isso te fala sobre o que você precisa trabalhar internamente e sobre onde estão seus valores. Será que eles estão te servindo ou te prejudicando? A boa notícia é que você não é vítima deles e não é obrigada a seguir com eles. Falei sobre valores e Modelo de Mundo neste vídeo AQUI.

 

Acredito, também, que cabe a cada uma de nós desenvolver o discernimento sobre o que vemos lá fora, sobre esse convite todo à comparação. E cabe a cada um de nós passar isso para nossas crianças. Cabe a cada um de nós parar de falar "Seu priminho tira notas melhores", "Sua priminha ajuda mais em casa", "Seu coleguinha é mais educado", "Seu irmãozinho jamais faria isso", e por aí vai. 

 

Só aceito o outro como espelho do que quero e do que não quero ser, ponto. E aceito com a Consciência de que, em última analise, eu sou o outro e o outro é eu. Ponto. Agradeço a quem me mostra o que admiro e a quem me mostra o que não aprovo. E sei que admirar ou não aprovar diz respeito a mim, à minha realidade, ao meu mundo: o outro pode ter uma visão completamente diferente da minha. E tudo bem. Isso não faz de nós inimigos, isso apenas comprova a beleza da diversidade que existe no mundo.

 

Alguns falam, também, que devemos amar a pessoa e não seus atos, que devemos julgar os atos e não as pessoas. Complicado. Acho que devemos julgar o ato do outro, desde que o façamos em nossas ações - e não nas dele. Acho um absurdo que seja grosseiro! Onde eu estou sendo grosseira, então?

 

Com isso quero dizer que temos, sim, de de ver o que é bacana ou não, mas que de nada adianta apenas apontarmos isso nos outros e seguirmos cegas para nossas ações no dia a dia. 

 

A impostora existe quando ela quer enganar aos outros com falsidades, meias verdades, com mentiras deslavadas. Aquela que trabalha em sua vida, com suas “qualidades e defeitos” com o objetivo de compartilhar sua Luz, esta nunca foi, não é e jamais será uma impostora. 

 

O que proponho é uma mudança de foco: ao compartilhar minha Luz (via relacionamento, trabalho, estudo, arte, etc) meu foco é revelar minha Luz em benefício de todos, inclusive meu. E não mais com o foco de ser admirada, amada, ovacionada, celebrada.

 

Quando o foco é servir à Luz, pouco interessa a aprovação ou critica alheias. Estas poderão, sim, servir de norte, mas apenas isso. Não permita que a aprovação alheia te faça acreditar que você é o máximo, não permita que a critica alheia te faca acreditar que você é péssima. A causa, a motivação, a essência de quem você É e do que você faz, ninguém pode abalar: ela é entre você e a Luz. 

Com Amor,

Rachel Newman

 

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